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O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, voltou hoje a questionar a existência histórica do Holocausto nazi, afirmando em Xangai, China, que o extermínio dos judeus continua a ser um facto por provar.
«Penso que já falámos o suficiente sobre o assunto e que é necessário investigar mais profundamente estes acontecimentos do Holocausto, por partes independentes e imparciais», disse o presidente iraniano.
Ahmadinejad falava em conferência de imprensa após um encontro com o presidente chinês, Hu Jintao, à margem do encontro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
«Um acontecimento que influenciou tantas equações políticas e diplomáticas mundiaisnecessita de uma investigação conduzida por grupos independentes e imparciais», acrescentou Ahmadinejad, que anteriormente já tinha considerado o Holocausto como «um mito» e afirmado que «Israel deveria desaparecer domapa».Calcula-se que cerca de seis milhões de judeus foram mortos pelo regime nazi alemão, de Adolf Hitler, a partir de 1942 até ao fim da II Guerra Mundial, em 1945, numa operação de extermínio que abrangeu igualmente homossexuais, ciganos, deficientes físicos e mentais, comunistas e outros activistas políticos.
Mahmud Ahmadinejad falava à margem da cimeira de chefes de Estado da OCX, organismo criado em Xangai em Junho de 2001, e que reúne a China, a Rússia, o Cazaquistão, o Quirguistão, o Tajiquistão e o Uzbequistão e na qual o Irão, Paquistão, Índia e Mongólia têm o estatuto de observadores.
Na conferência de imprensa, o presidente iraniano disse que a proposta apresentada pelas grandes potências sobre a crise provocada pelo programa nuclear do Irão é «um passo em frente».
«Consideramos a proposta como um passo em frente e dei instruções aos meus colegas para a examinarem com atenção», disse o presidente iraniano.
«Vamos dar uma resposta em tempo útil, tendo em conta os interesses internacionais da República Islâmica do Irão», acrescentou Ahmadinejad, o mais alto responsável iraniano a dar indícios de que Teerão está disponível para negociar o pacote de incentivos proposto pelos Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha.
A proposta internacional oferece a Teerão cooperação técnica e comercial em troca da paragem do processo de enriquecimento de urânio, que os países ocidentais consideram que tem como objectivo o desenvolvimento de uma arma nuclear.
fonte: agência lusa.